sábado, 24 de outubro de 2009

Nova fase do Arctic Monkeys?

A até pouco tempo atrás foram declarados como a salvação do rock, e antes mesmo de terem lançado o primeiro disco já eram um sucesso absoluto na internet, sucesso que se confirmou logo no disco de estréia "Whatever People Say I am, thats what I'm not".

Com um rock que veio no embalo de bandas como Oasis, Libertines e principalmente o The Strokes, os "Monkeys" conquistaram um público fiel com suas músicas de 3min e letras adolescentes e descompromissadas...

No segundo disco "Favorite Worst Nightmare" veio a fama "fora" da internet... não que eles já não tivessem esta "fama", mas suas proporções aumentaram de tal forma, que hoje é comum a presença dos Monkeys nos grandes festivais europeus, com estádios lotados, programas de tv pelo mundo, citações (e capa) em revistas de renome como a NME e a Rolling Stone, enfim...

Aí veio a genial parceria de Alex Turner (vocal dos Monkeys) com Miles Kane do "The Rascals" para formarem o "The Last Shadow Puppets", parceria que gerou o "The Age of Understatement" e foi um sucesso de crítica...

E agora? qual seria o próximo passo dos Arctic Monkeys? Foi isso que a imprensa do mundo todo se perguntou quando eles estavam para lançar seu 3º disco, "Hambug".
Semanas antes do lançamento o disco ja tinha vazado na internet, e não demorou até que as primeiras críticas do disco surgissem, até eu mesmo fiz uma improvisada pelo twitter de acordo com as minhas primeiras impressões do disco...

A verdade era uma só, boa parte de quem ouviu disse: ÃHN?!?!

Eu mesmo, esperava muito deste disco, os Arctic Monkeys foram uma das bandas que eu mais escutei nos últimos anos, e seus dois primeiros álbuns eu escutava sem parar, repetidas vezes, todos os dias, e o principal: sem enjoar.

Pensei, "oras, é assim mesmo, depois eu me acostumo com o som..." pode até ser verdade, alguns dos meus discos favoritos e até bandas favoritas eu não curtia de primeiro momento, mas depois de um tempo quando passei a entender mais a música não consigo mais ficar muito tempo sem escutar...Achei que ia ser assim com os Monkeys.

Por este motivo preferi não julgar logo de cara as minhas impressões, mas com o clip do último single, me senti "obrigado" à escrever algo sobre eles...hehe

LINK PARA O CLIP DE CORNERSTONE.

Logo depois do lançamento do disco veio o clipe de Crying Lightning (clique aqui para assistir) ...Nele víamos os Monkeys já com uma aparência diferente do que nos acostumamos, a música é uma das melhores deste álbum, mas o clipe...bem o clipe pegou muita gente de surpresa, inclusive eu que estava acostumado com os clipes dos 2 primeiros discos, que são incríveis! TODOS eles sem excessão. Logo de cara aquela minha expectativa do álbum ia se apagando aos poucos, e o clipe de Crying Lightining só confirmava isso...

Este último álbum dos Monkeys foi o que eu menos ouvi; foi o único que eu escolhia a dedo cada faixa que iria tocar, ao contrário dos outros que eu colocava o disco inteiro para tocar e esquecia...E nas poucas vezes que coloquei o disco inteiro para tocar, eu achei tão cansativo, que preferia voltar aos clássicos como "I Bet You Look Good on the Dancefloor", "Do me a Favour", "Teddy Picker" ou "A Certaim Romance"...

Recentemente veio o clipe de Cornerstone, último single e mais um clipe no mínimo, hummm...diferente.

Neste clipe, apesar de usar a mesma simplicidade do anterior, nele dá pra perceber a clara mudança de atitude da banda. Talvez seja um sinal de maturidade ao estarem tentando fazer algo realmente novo e não "mais do mesmo", afinal uma coisa é verdade: Quando uma banda lança um terceiro disco semelhante aos 2 primeiros, é acusada de mais do mesmo (The Strokes, Franz Ferdinand), e quando tentam inovar fazendo o 3º bem diferente dos anteriores acusam-na de coisas como: fugir das suas raizes e origens, se vender para a mídia e etc... (The Killers, Coldplay). Oras qual é o caminho certo então?

Hoje paro pra pensar e vejo que a música dos Monkeys continua muito boa e com uma qualidade impecável, apenas está diferente daquele rock adolescente (que está tão em falta hoje em dia...) que me acostumei a ouvir...Ainda não consigo gostar de "Hambug" mais do que os discos anteriores, mas este álbum tem SIM o seu valor. Talvez os frutos venham não nos próximos singles/clipes mas com a experiência que a banda irá ganhar nos próximos anos.

Qual será o próximo passo da banda de Sheffield heim?

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