segunda-feira, 7 de junho de 2010

Aonde estão os presidenciáveis?

Incrível;

Faltam menos de 5 meses para as eleições, os nomes dos candidatos já conhecemos a um bom tempo, embora a só pouco tempo tenham sido oficializados. Mas e suas propostas? Todos conhecem?

Não posso generalizar, até o momento o único presidenciável do qual conheço as propostas e sei o que pode fazer pelo país é a Marina Silva. Sei das idéias dela em relação ao meio-ambiente, a atual política e não preciso ir muito longe para encontrar alguma entrevista dela falando sobre seus pontos de vista.

Mas e Serra e Dilma? O que esperar deles? A cada nova pesquisa eles aparecem mais próximos nas intenções de voto, e ultimamente a única que tem crescido (mesmo que sensivelmente) é a Marina Silva.

Nada mais justo estarem tecnicamente empatados, afinal até agora nenhum dos dois revelou sequer um plano para o seu governo. Podem até me falar que o lugar para estas propostas seria no horário político ou nos debates das TVs abertas. Mas porque sempre quando tem a oportunidade de falar algo eles não falam? E focam mais em dirigir acusações e fazer comparações entre governos. É uma preocupação maior em falar do adversário do que de si mesmo e das próprias propostas.

Acredito que isso é culpa do próprio horário político, em que os maiores partidos possuem o maior tempo no horário. E vale lembrar que o horário político influencia diretamente SIM, na escolha do candidato, e uma boa campanha vi$ualmente valoriza o candidato. Afinal, pra que se preocupar com propostas, se podemos deixar para a transmissão no final? E a falta de propostas e argumentos pode ser "encobrida" com vídeos de crianças correndo alegremente ou várias pessoas dando as mãos juntas em um belíssimo campo; excelente...

A candidata Marina da Silva parece se preocupar com cada espaço que ela consegue para divulgar suas idéias, pois sabe que não pode contar com o horário eleitoral, agora, não sei se a Marina teria estas mesmas atitudes se estivesse em um partido grande com um horário político maior, enfim...

Por enquanto melhor nos conformarmos com os dossiês, críticas a países sulamericanos e comparação de governos, por enquanto.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

A morte da mídia impressa.

Chega a ser engraçado ao mesmo tempo em que é trágico. Incrível como as grandes empresas da velha mídia ainda tentam ignorar a força da Internet.

Não, não irei falar da indústria fonográfica desta vez, mas da mídia impressa, em especial dos Jornais, seria o fim deles? Da esmagadora maioria sim!



Já foi o tempo em que você precisava esperar todo dia de manhã cedo para ver as notícias do dia anterior.

Também já foi o tempo em que você precisava esperar até certo horário para começar a ver o telejornal, e se informar das notícias que aconteceram até o momento da edição. Claro, você só se manteria informado se estivesse com o televisor ligado naquele exato horário.


A internet já se popularizou a mais de 15 anos, e mesmo assim as empresas com sua arrogância característica parecem ignorar a evolução tecnológica e se recusam apenas em tentar mudar de alguma forma seu modelo de negócios. Que na maioria dos casos é o mesmo de quando a empresa foi criada.


Recentemente vi a notícia que um dos principais jornais da França e do mundo, o Le Monde, estaria a venda (fonte: http://migre.me/LHVU). E este tipo de notícia não se limita a europa, aqui na américa latina por exemplo, o jornal argentino Clarín não tem um único assinante sequer e até o The New York Times, a maior marca de mídia impressa do planeta e considerado por muitos a "Bíblia do Jornalismo Americano", anunciou ano passado estar afogado em dívidas, e estaria próximo de uma eminente falência.

A verdade é uma só, quem não se adaptar a internet será varrido por ela.


Anos atrás as empresas que controlavam a mídia eram os jornais. Na maioria das vezes por interferência política eles publicavam aquilo que era conveniente, e o que não era publicado, simplesmente ninguém sabia, como se não tivesse ocorrido o fato.

Duvida do que falei no parágrafo anterior? É só analisar, nunca foi consumida tanta informação antes, e a quantidade de "notícias" praticamente dobrou (claro, nem todas relevantes).

Hoje em dia nenhum jornal consegue ter "exclusividade" em nada. Por mais que garanta notícias "exclusivas" e "mais completas" em formas pagas, em não muitos cliques de distância dali o leitor poderá ver a mesma notícia ainda mais completa em outro site de notícias, e as vezes pior, em blogs ou até mesmo no twitter...

A empresa que controla boa parte da mídia hoje é o Google, e ele não produz um conteúdo sequer, o google não quer ser o destino final como queriam as empresas da velha mídia, mas quer ser o "meio" com que a pessoa chega na notícia e na informação.

Não quero que meus jornais favoritos que acompanho sumam, mas também não quero que a mídia omita informações da população. Tomara que com o tempo a velha mídia aprenda a lição, se é que o tempo lhes dê a oportunidade.